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Nossa história, nosso maior tesouro

Assim nasce o arraial de São Francisco de Paula de Ouro Fino.

No ano de 1746, os bandeirantes aportaram na região do Vale do Sapucaí, que compreende atualmente o sul de Minas Gerais e o leste de São Paulo, em busca de ouro, pois as jazidas supunham-se abundantes. Um destes bandeirantes, o sertanista Ângelo Batista, natural de Pindamonhangaba (SP), descobriu ouro nos ribeirões de Ouro Fino, Santa Isabel e São Paulo. Começa uma disputa entre as capitanias de Minas e São Paulo pela posse da região.

O Guarda-Mor (nome dado ao responsável pela região) regente do Sapucaí, Francisco Martins Lustosa, português de origem, fundou o arraial de Ouro Fino e edificou a capela de São Francisco de Paula, que acabaria por ser elevada a paróquia, em 8 de março de 1749, por iniciativa do governador do Bispado de São Paulo, D. Luís de Mascarenhas, ao qual estava vinculada a região no período e que dava todo o apoio ao Guarda-Mor no sentido de garantir a posse para a Capitania de São Paulo.

Porém, os limites entre as capitanias de Minas Gerais e São Paulo não estavam bem definidos. Em setembro daquele mesmo ano, a então novíssima Ouro Fino já passara a pertencer ao território mineiro, por ordem do rei de Portugal , D. João V, atendendo à solicitação do regente de Minas, Gomes Freire de Andrade. Temendo represálias da antiga administração, Lustosa mudou-se para a atual cidade de Curitiba (PR), onde faleceu. Em 16/03/1973, suas cinzas foram transladadas para Ouro Fino.

O arraial de Ouro Fino ficou sob jurisdição da vila de São João Del Rey e depois, em 1799, da vila de Campanha. Em 1831, foi criado o município de Pouso Alegre, ficando Ouro Fino pertencente a ele, como distrito, até 22 de julho de 1868, quando foi elevado à condição de vila.

Tal situação durou até 4 de novembro de 1880, quando foi elevada à categoria de cidade. Em 16 de março de 1881, ocorreu a instalação da Câmara Municipal e foi eleito seu primeiro presidente. Estabelecia, então, as condições necessárias para a criação da Comarca , fato que se confirma em 4 de novembro de 1888 , mas oficialmente instalada no governo republicano, em 26 de setembro de 1890.

O município de Ouro Fino englobou também os distritos de Campo Místico (atual Bueno Brandão), Jacutinga e Monte Sião, que posteriormente tornaram-se emancipados.

Ouro Fino atualmente é formado, além do perímetro urbano, pelo distrito de Crisólia e mais 57 bairros espalhados pela extensa área do município. Se o impulso inicial que deu origem à cidade foi a busca do ouro em meados do século XVIII, o real salto econômico da cidade se deu no século XX, quando a cafeicultura se expandiu.

O café se tornou um dos principais produtos de exportação do Brasil e proporcionou ao município um aumento de suas atividades econômicas e sociais.

Com o arrefecimento da demanda internacional pelo café brasileiro, a cidade deparou-se com a necessidade de diversificar sua atividade econômica.

O comércio e, recentemente, a industrialização foram os caminhos encontrados e, gradualmente, as feições do município foram se alterando. Atualmente, a administração municipal incrementa um outro setor – o turístico – em virtude do grande potencial da região e da proximidade dos grandes centros urbanos, aproveitando o fato de que o turismo é, no mundo, um dos maiores geradores de renda da atualidade e vem recebendo investimentos significativos no Brasil.

Considerada cidade histórica, conforme a lei 8.181, de 28 de março de 1991, Ouro Fino recebeu da EMBRATUR o selo de Município Prioritário ao Desenvolvimento do Turismo, em 1997 e 1999.

Ouro Fino Hoje

Integrando o próspero Circuito das Malhas, o antigo arraial que possuía ouro cresceu e conquistou posição de destaque no país. As razões são muitas. O impulso inicial se deu no início do século passado, quando a cafeicultura proporcionou seu primeiro grande salto econômico. O forte era plantar café e ainda hoje as grandes plantações fazem de suas montanhas belas paisagens a serem admiradas, gerando emprego e mantendo a população rural.

De rico município agrícola há mais de um século, Ouro Fino conserva um patrimônio arquitetônico invejável. As ruas de paralelepípedos, os detalhes dos casarões centenários e o cuidado com sua história fizeram com que a cidade se transformasse em Município Prioritário ao Desenvolvimento do Turismo, chancelado pela EMBRATUR, em 1997 e 1999. Mas um pouco antes disso, quando o cantor Sérgio Reis gravou a canção “O Menino da Porteira”, de Teddy Vieira e Luizinho, a cidade ganhou fama nacional.

Quem não se lembra dos versos: “Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino, de longe eu avistava a figura de um menino” ?

Hoje quem chega à cidade também avista de longe a figura de um menino. Trata-se de um monumento esculpido em concreto, medindo dez metros de altura e pesando dez toneladas. Fazem parte da mega escultura a famosa porteira e o sorridente menino que transformaram Ouro Fino em celebridade nacional.

Por todas essas razões, econômicas e culturais, a cidade se tornou um forte pólo turístico do Sul de Minas e o número de visitantes cresce a cada dia. Muitos deles querem boas compras, encontrando na indústria de malhas local uma excelente opção para se comprar direto das fábricas. Hoje a cidade já é procurada por atacadistas que encontram um comércio em franco crescimento.

A industrialização – sem perda da qualidade de vida -, o potencial turístico do município e a localização privilegiada, bem próxima dos grandes centros urbanos (São Paulo e Campinas), fazem com que Ouro Fino seja cidade de destaque no atual contexto brasileiro.

As belas paisagens naturais, banhadas por cachoeiras e rios e a imponente Pedra do Itaguaçú, com fauna e flora preservadas proporcionaram, nos últimos anos, a prática do ecoturismo. Trilhas, cavalgadas e passeios por esta bela Ouro Fino vão deixar saudade. Experimente.

Experimentando, visite também a Igreja Matriz, antiga igreja erguida em homenagem a São Francisco de Paula, que abriga o Museu de Arte Sacra, único museu sacro do Sul de Minas.

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